Flúor


Símbolo químico: F



Classificação: Não metal
Estado Físico: Gás
Família: 7A (extremidade direita) Halogênios.
Eletronegativo – o Flúor é o elemento mais eletronegativo
* Liga-se muito com elementos das famílias IA (alcalinos) e IIA (alcalinos terrosos).
Formação de fluoretos de cálcio 
F + Ca = Fluoreto de Cálcio
F + Mg = Flureto de Magnésio
F + K = Fluoreto de Potássio
Cronologia da Utilização de Flúor
AnoUtilização
1901 – Eager (Nápolis, Itália)Dentes manchados, “esmalte mosqueado”.Obs: região vulcânica – quando os vulcões entravam em erupção, ficavam alguns gases no ar, como o Flúor.
1916 – McKay (Colorado Springs, USA)Esmalte manchado, Mottled Enamel.Obs: Parte da população afetada fazia uso de água de poços artesianos. Feita uma análise posterior da água constatou a presença de Flúor, porém as pessoas com o manchamento tênue do esmalte não apresentavam cárie.
1950 – USAFluoretar a água.
1953 – Baixo Grande, Espírito Santo – BrasilFluoretar a água – primeira cidade do país a fluoretar a água.
1957 – Rio Grande do Sul, BrasilFluoretar a água.
1958 – Curitiba, BrasilPrimeira capital a fluoretar água.
1974 – BrasilLei 6.050 /24/05/74 – Obriga as cidades a fluoretar a água.
Métodos de Aplicação do Flúor
  • Sistêmico
Água – 0,7 ppm
Sal
Açúcar
Comprimidos com Flúor
  • Tópico
Dentifrício – 1.200 ppm
Gel – 5.000 ppm
Verniz – 25.000 ppm
Mecanismos de Ação do Flúor
1. Ingestão de Flúor
Água e Dentifrícios → Parte fica retida na boca, porém a maior parte é deglutida
2. Absorção
Ocorre no estômago – flúor se liga com o ácido
F + H → HF (ácido fluorídrico), esse ácido vai para o sangue, provocando, se ficar no sangue, uma acidose.
HF + HCO3 → H2CO3 → H2O + CO2
F + Ca = Fluoreto de Cálcio
3. Distribuição
O sangue se encarrega de distribuir o CaF2.
Destino:
  • Tecidos duros = ossos e dentes
  • Tecidos moles = coração, fígado e rins
Coração: cardiotóxico
Fígado: Hepatotóxico
Rins: Nefrotóxico
4. Excreção
Via fezes e urina na forma de fluoreto de cálcio ou em forma de fluoreto de alumínio.
Obs: em casos de intoxicação, o leite é  recomendado para a eliminação do CaF2.
Interfere no metabolismo bacteriano (bacteriostático)
  1. Inibe enzimas bacterianas Enolase;
  2. Inibe enzimas bacterianas ATpase
A Enolase transforma o gliceraldeído em piruvato. Para funcionar, ela precisa de Magnésio (Mg). O flúor por sua vez entra com o hidrogênio e rouba o magnésio necessário para a enzima → Inibe a síntese de ATP
EFEITO BACTERIOSTÁTICO
Resumindo:
  • Inibição da Enolase
  • Inibição do bombeamento de H+ para fora da célula
  • Acidificação intracelular
Interfere no transporte Trans-membrana (bactericida)
Exige alta concentração de flúor
  • Alteração na permeabilidade da membrana
  • Extravazamento do conteúdo celular bacteriano
  • Morte da célula bacteriana
*A concentração de flúor não deve ser consideravelmente alta no plasma sanguíneo.
Bibliografia: Thylstrup – Capítulo 11 e 12
Fonte da imagem: static.wixstatic.com
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